O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, não viu com bons olhos o fato de a Associação dos Juízes Federais (Ajufe) organizar um torneio de futebol na Granja Comary, em Teresópolis. O evento na sede da CBF, presidida por Ricardo Teixeira – que será alvo de uma investigação do Ministério Público Federal do Rio (MPF-RJ) – será totalmente bancado pela entidade. A denúncia foi publicada no LANCENET! nesta quinta-feira e a bola vai rolar entre os dias 11 e 13 de novembro.
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| Wadih Damous, presidente da OAB no Rio |
- Li a matéria e, independentemente de existirem ações nas quais Ricardo Teixeira é acusado, não me parece recomendável que uma entidade como a Ajufe tenha um campeonato patrocinado pela CBF. Não é por ser a Ajufe. Outra entidade privada que fosse, não seria de bom tom – afirmou o presidente, ressaltando que jamais aceitaria um convite para uma “pelada” na CBF.
Wahid ainda comentou a repercussão ruim que a parceria entre Ajufe e CBF teve com alguns magistrados, que não se sentiram à vontade de ligar a imagem à entidade presidida por Teixeira.
- Eles se mostraram ter o mesmo entendimento que o meu, de considerar que existe uma incompatibilidade ética de participar de um evento como esses. É um conflito de interesses – completou.
Por fim, o presidente da OAB afirmou que seria melhor que o campeonato não acontecesse para não levantar suspeitas quanto à isenção dos juízes, caso venham julgar Teixeira ou a CBF.
- O fato de um juiz participar desse campeonato não tira a isenção dele. O julgamento da CBF ou do Teixeira, caso venham se encontrar no tribunal, pode ser isento. Mas não temos como medir isso. E para evitar uma aparência suspeita, seria melhor que não houvesse essa competição na Granja – comentou.
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