terça-feira, 1 de novembro de 2011

EUA usam poderio econômico para retaliar adesão da Palestina à UNESCO

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aprovou em votação na última segunda-feira (31) a adesão da Autoridade Nacional Palestina à entidade.  Essa é a primeira conquista da ANP desde quando entregou seu pedido de reconhecimento de um estado independente à ONU. O reconhecimento da Unesco pode facilitar  a decisão favorável do Conselho de Segurança da ONU. Após a divulgação do resultado, os Estados Unidos anunciaram que vão cortar o financiamento à Unesco.
Forte aliado de Israel, os EUA não abrem mão de manter os
palestinos isolados do mundo.
O governo de Barack Obama já havia se pronunciado contrário à possibilidade de aceitar a Palestina como um Estado independente. Os Estados Unidos informaram logo quando a Palestina tomou a iniciativa de pedir o reconhecimento à Unesco que cortariam o orçamento destinado à entidade caso o pedido fosse aprovado. De acordo com a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, a decisão da Unesco torna obrigatório recorrer à legislação de 1990, que determina a obrigatoriedade de um acordo pacífico entre Israel e a Palestina antes de reconhecer a nação independente para que os Estados Unidos financie algum órgão da ONU.
Palestinos querem ser reconhecidos como
Estado Independente.
Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, “esse passo pode ter possíveis implicações no financiamento fornecido por certos estados-membros. Os integrantes da organização devem assegurar um funcionamento completo das Nações Unidas”.
Por mais que a ANP também tenha entregado a carta com o pedido de reconhecimento à ONU, Obama já anunciou que vai vetar essa possibilidade quando o Conselho de Segurança fizer a votação. Os Estados Unidos defendem que a interferência da ONU vai prejudicar o processo de acordo de paz entre a Palestina e Israel.

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