Eleição: Grande parte da população gostaria que ela não fosse agora

Marcelo Oliveira disse que
o PMN vai contestar.

     As eleições foram marcadas e a Democracia é, entre outras coisas, o respeito a lei. Mas o espírito democrático não pode ser maleável quando julga ser mais conveniente? A discussão é mais ampla do que pode parecer. O Vereador Marcelo Oliveira disse em plenário nesta quinta-feira, 08, que o seu partido, o PMN, vai entrar com recurso contestando a conveniência das eleições suplementares marcadas para fevereiro,  já que a cidade se encontra em paz e a prefeitura esta trabalhando em projetos que não merecem ser interrompidos agora. As eleições, disse Marcelo, viriam trazer intranquilidade para a população. É em respeito a Democracia - que precisa zelar acima de tudo pelo bem estar da população - que  não concordamos com eleições agora".

Carlão disse que o PMDB vai
cumprir a lei "com prazer".

    Dr. Carlão declarou, falando em nome do prefeito e do partido, que "Arlei se encontra absolutamente tranquilo em relação a isso, embora para os projetos que estão em andamento fosse melhor o pleito em outubro". "De qualquer forma", disse ainda, "ao PMDB interessa o cumprimento da lei, e nós vamos fazer isso com prazer"".

Arlei se diz tranquilo.

      Se a Democracia diz que a lei deve ser respeitada - e nenhum democrata discorda disso - por outro, ela não esta impedida de reavaliar a oportunidade da sua aplicação, considerando, antes de tudo, as condições  sociais em que ela esta sendo aplicada. Ouvimos um comerciante de Teresópolis sobre o assunto e ele nos disse que "talvez não seja o momento ideal para uma eleição. Não há dúvida de que o governante deve ser escolhido por voto direto, mas em Teresópolis temos uma situação atípica. O povo esta traumatizado, extenuado, saindo de uma tragédia sem precedentes e precisa de estabilidade. Se a administração do Arlei estivesse sendo negativa, a eleição direta seria o único caminho, não haveria  o que discutir. Mas penso que ele esta indo bem.  A cidade esta sem dinheiro, a prioridade nessa hora não é fazer uma eleição.  Vamos para uma corrida eleitoral que interessa mais a políticos do que a população de Teresópolis".


     Por incrível que pareça,  o que temos notado nas ruas - e conversamos com pessoas de todos os níveis e classes sociais - não é um sentimento de euforia pela realização de eleições, mas quase que de pesar. Apesar de tudo, a decisão prevalente é a do TRE, e acreditamos que a posição do prefeito Arlei em aceita-la com tranquilidade foi bastante sensata. Até porque, apesar do ônus acarretado por uma eleição nesse momento, se o seu trabalho tem a consistência necessária para convencer a população de que ele é uma pessoa capaz de capitanear a reconstrução da cidade, esse dado irá se refletir no resultado das urnas. Como disse o vereador Carlão na última reunião da Câmara, "nada nos assusta. Temos a consciência tranquila".
     Vamos aguardar o desenrolar dos fatos.