quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ética - Advocacia geral da União contra o corporativismo de magistrados

A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou nesta quarta-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF), o Mandado de Segurança nº 31.092, que pede uma liminar para suspender os efeitos da decisão que limitou a atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A ação questiona o entendimento individual do ministro do STF Marco Aurélio Mello, que suspendeu grande parte da resolução que regulamenta as atribuições da Corregedoria do CNJ nas investigações relativas a juízes.
No Mandado de Segurança, a AGU afirmou que a decisão atacada viola o regimento interno do Supremo, bem como os princípios do colegiado e do devido processo legal. Para a entidade, a decisão foi tomada quando já estava em vigor o recesso do Poder Judiciário. O regimento diz que diante disso a competência seria do presidente do STF, argumenta o órgão.
A AGU ressaltou ainda que a decisão não aponta qual seria a extrema urgência que demandaria providência imediata do Supremo e que não há demora no julgamento. Ao dar a liminar, Marco Aurélio argumentou que precisou decidir individualmente porque o assunto foi colocado em pauta no dia 5 de setembro, e desde então esteve pronto para julgamento por 13 vezes, sem ser chamado.
Para a entidade, a decisão causa uma série de prejuízos às investigações promovidas pelo CNJ, uma vez que a sistemática da investigação conjunta da Corregedoria Nacional com as corregedorias locais sempre esteve em funcionamento e só foi regulamentada pela resolução esvaziada por Marco Aurélio.
Devido ao recesso do Judiciário, as questões urgentes são encaminhadas ao ministro plantonista. Essa posição é ocupada pela ministra Cármen Lúcia até o dia 10 de janeiro, e depois disso, a previsão é de que o presidente Cezar Peluso assuma a posição até fevereiro, quando termina o recesso.

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