quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Funcionários dos Correios desviavam cartões de crédito em SP por R$ 200,00

Funcionários dos Correios recebiam R$ 200,00 por cartão desviado.
250 policiais federais integraram a operação.

O MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo denunciou 42 pessoas à Justiça Federal. A acusação é que estas pessoas eram integrantes de três quadrilhas que desviavam cartões de crédito de três centros de triagem dos Correios na capital.
De acordo com o Ministério, estima-se que o prejuízo causado pelas quadrilhas, apenas com cartões da Caixa Econômica Federal, supere R$ 3,3 milhões, mas outros bancos também foram vítimas do esquema. Essas denúncias são resultado da Operação Crédito Fácil, realizada pela Polícia Federal no dia 9 de novembro.
Os cartões eram utilizados para comprar produtos de alto valor agregado e contratar empréstimos bancários.
Outra ação das quadrilhas era a clonagem de cartões com a ajuda de equipamentos instalados nos caixas eletrônicos.
Quadrilhas
De acordo com as procuradoras da República que assinam as seis denúncias relativas ao caso, Carolina Lourenção Brighenti, Cristiane Bacha Canzian Casagrande e Marta Pinheiro de Oliveira Sena, as três quadrilhas são independentes. Segundo elas, cada quadrilha operava em uma região diferente da cidade de São Paulo, ligada a um centro de distribuição dos Correios: Jaguaré, Saúde e Vila Carrão, com uma pequena ramificação em um centro de distribuição dos Correios em Guarulhos.
Com a atuação dentro dos Correios, foram denunciados três empregados dos Correios, que eram os responsáveis diretos pelo desvio das correspondências que continham os cartões de crédito e débito, além de dois funcionários terceirizados dos correios e um ex-funcionário, demitido por justa causa. Entre os demais denunciados, alguns possuem mais de um número de CPF e muitos já respondem por outros crimes.
Mesmo se tratando de quadrilhas independentes, o MPF afirmou que a venda dos cartões abrange a respectiva correspondência, que por conter dados preciosos dos correntistas, serviam como ferramenta para realização do desbloqueio do plástico junto à instituição.
Investigação
A desmontagem das três quadrilhas faz parte de uma parceria entre a CEF, MPF e Polícia Federal, que desenvolveram um software para investigar fraudes bancárias contra a Caixa.
Além disso, escutas telefônicas judicialmente autorizadas e investigações de campo realizadas pela Polícia Federal ajudaram a gravar todo esquema de atuação dos denunciados.
De acordo com o MPF, as quadrilhas eram estáveis e bem organizadas, tanto que eram divididas em hierarquia com nítida divisão de funções e calcadas na infiltração de alguns de seus membros na administração pública.

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