terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Balanço das ocorrências policiais em Teresópolis anos de 2010/2011 com o delegado titular da 110ª DP Dr. Walter Barros.

110ª Delegacia Policial - Teresópolis
  Sempre com o objetivo de bem informar a população da cidade, O TERESÓPOLIS 24 HORAS esteve desta vez com o delegado titular da 110ª DP, Dr. Walter Barros, para fazer um balanço das ações da polícia civil ao longo dos anos de 2010/2011 na cidade. 

Segurança é um tema sempre muito debatido, já que o índice de criminalidade em muitas cidades do Brasil é verdadeiramente alarmante, tornando-se, por isso, uma preocupação constante dos cidadãos de qualquer cidade brasileira. Vamos então a um resumo dos fatos:

De 2010 para 2011, houve uma redução de 15% nos registros de ocorrência (RO), que baixaram de 6436 para 5472. Em 2011, seguindo a tendência de 2010, os inquéritos de violência doméstica continuaram na frente, com 43& do total de ocorrências, seguidas de prisão em flagrante 17% e outros delitos 40%. Teresópolis não tem, segundo o Dr. Walter Barros, o perfil de uma cidade violenta. Crimes violentos - estupro, homicídio, latrocínio - por aqui são raros, e não chegam a ser representativos para efeito de pesquisa. Os delitos mais representativos são mesmo a violência doméstica, lesão corporal, crime de ameaça e furto, e mesmo assim, em quantidade que fica abaixo das metas mínimas estabelecidas pela Secretaria de Segurança do Estado.

Tráfico de Drogas

Ao longo de todo o ano de 2011, foram apreendidos apenas 8 kg de maconha, 6 kg de cocaína e 150 gramas de crack. Na maior parte dos flagrantes a quantidade de droga era pequena, caracterizando quase sempre a figura do usuário. Aparece também na estatística a figura do traficante-usuário, ou seja, aquela pessoa que precisa arranjar dinheiro para consumir a droga e resolve vender pequenas quantidades para se prover.  "O problema", diz Dr. Walter, "é que para efeito criminal esse usuário é traficante, não fazendo diferença a quantidade pequena que ele porta da droga. Tráfico é tráfico, e o crime é inafiançável. A condenação é pesada para qualquer quantidade".
Dr. Walter Barros

Perfil dos flagrantes


46 caos de lesão corporal
72 de tráfico de drogas - sendo a maior parte pequenas quantidades. No caso, o indivíduo compra um papelote de cocaína por 10 reais no Rio e vende por 50 em Teresópolis. A entrada é normalmente pelo soberbo e a PM sabe disso e fiscaliza.


De qualquer forma não há um grande alerta para o tráfico de drogas na cidade, embora a repressão seja permanente. A polícia atua de forma eficiente, e  sempre que aparece uma denúncia ou uma evidência, investiga.


Outros crimes


Posse ilegal de arma de fogo - 21 prisões em flagrante
Embriaguez ao volante - 20 casos
Furto - 20 casos
Homicídio em flagrante - 3 casos
Tentativas de homicídio - 1
Total de homicídios ao longo de 2011 - 7


Perfil do agressor doméstico


Quase na totalidade dos caso é o ex-companheiro que não aceita a separação, não se conforma. Presença de alcoolismo na grande maioria dos casos. Casos de lesão corporal grave são poucos.


Estelionato


"Estelionato é um crime sem violência. O mais comum é o "conto do vigário", uma modalidade de estelionato que nasceu no Brasil colônia e que, de forma impressionante, não para de acontecer na cidade. É um crime sazonal, ou seja, é mais comum no começo do mês, quando as pessoas recebem salários ou aposentadoria", disse o Dr. Walter. 


Inquéritos finalizados 


2010 - 452
2011 - 1346


Integração entre as polícias


Dr. Walter ressaltou a importância da integração entre Polícia militar, Polícia civil, Rodoviária, também da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros. "Há uma boa vontade muito grande em se solucionar os problemas, muita cooperação. Até porque, os policiais de Teresópolis são moradores da cidade, o que aumenta o comprometimento deles com a população. É um policial que atua em favor da cidade onde ele reside, onde tem sua família. Temos casos impressionantes aqui de policiais que se empenham além da hora de serviço para não deixar escapar a oportunidade de prender um assaltante. Eles recebem a comunicação pelo rádio as vezes na hora de largar e em vez de ir para casa seguem na diligência com resultados efetivos. Todos os casos em que há um alerta dificilmente o assaltante não é preso",  acrescentou.




Dr. Walter Barros é Delegado Titular da 110ª DP em Teresópolis, já tendo ocupado os cargos de Diretor do DGPTC - Departamento de Polícia Técnica e Científica do Rio de Janeiro, Sub-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro e integrante do Grupo Executivo Delegacia Legal.







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