sexta-feira, 30 de março de 2012

O AVANÇO DA EDUCAÇÃO DE ALUNOS ESPECIAIS NO MUNICÍPIO

Marcia Cristina da Silva Soares (à sua esquerda) e Mônica de Oliveira Alves,
respectivamente, a chefe da Divisão de Educação Especial de
Teresópolis e a Coordenadora das Salas de Recursos para alunos especiais.

Diferente do que andou sendo veiculado na imprensa nos últimos dias sobre a política educacional de inclusão de pessoas com deficiência na rede de ensino de Teresópolis, o setor de especiais só tem revelado grandes avanços, e atende hoje, de forma bastante produtiva, ao contingente de alunos que compõem esse segmento. Os dados publicados como “atualizados”, pelo menos no que diz respeito a Educação Especial de Teresópolis, são na verdade arcaicos, pois foram colhidos em fontes oficiais mas dos censos dos anos de 2008 a 2010 que já não mais refletem a realidade que estamos vivendo no município. Que ainda há muito trabalho pela frente para que se atinjam metas de maior adequação é inegável, sobretudo, quando se considere o impacto desagregador que a tragédia de 2011 exerceu sobre a cidade em vários aspectos, obrigando as instituições da cidade a uma série de remanejamentos e adaptações que não faziam parte, evidentemente, de projetos originais. Vamos passar, então, a alguns indicadores realmente atualizados para que o leitor possa visualizar um panorama mais próximo da situação dos alunos especiais em Teresópolis.

Divisão de Educação Especial - Teresópolis conta hoje com uma Divisão de Educação Especial em crescente avanço e muito bem estruturada. A Divisão esta sob o comando da professora  Márcia Cristina da Silva Soares, uma profissional competente e declaradamente comprometida com os desafios que a educação de alunos especiais impõe. Na coordenação das salas de recursos, está a não menos comprometida professora Mônica Oliveira Alves, também uma profissional especializada e muito competente. Para se ter uma idéia do cuidado com que as tarefas de inclusão estão sendo desenvolvidas em Teresópolis, a DEE esta sub-dividida em diversos setores específicos que visam a otimização, como atendimento às famílias, transporte, capacitação em libras, braile, atendimento domiciliar, intérpretes, sala de recursos multifuncionais, atendimento itinerante (pedagógico, libras, braile) e o PSPE – Programa de Saúde do Profissional de Educação.

Programa Acessibilidade – A cidade de Teresópolis esta inserida na Política Nacional de Educação Especial através do Programa de Acessibilidade do Governo federal. Na rede teresopolitana de Educação, existem hoje quase 700 alunos excepcionais, o que numa escala percentual decrescente dispõe em 1º lugar os deficientes intelectuais, depois os físicos, os auditivos e por fim os visuais. O Programa de Acessibilidade lançado pelo Governo Federal, disponibiliza recursos para serem investidos nas salas multifuncionais, como equipamentos adaptados para esse segmento de alunos. Graças a isso, já esta disponível nas Salas de Recursos de Teresópolis, o programa operacional Doswox, que permite que deficientes visuais utilizando um microcomputador comum, possam desempenhar uma série de tarefas, adquirindo um nível alto de independência nos estudos e no trabalho, além de mouse e teclados adaptados para alunos com paralisia cerebral. No Programa, o Município fica com a incumbência das salas e dos profissionais, e o governo dá as verbas necessárias para a montagem e o funcionamento.

Livros em braile são impressos no município
Libras, Braile - A capacitação em libras é aberta a todos os professores da rede, e não apenas ao grupo especializado de 40 integrantes da DEE. Outro dado importante, é que a confecção do material em braile para deficientes visuais é toda feita na cidade. Já na parte pedagógica, no período do 1º ao 5º ano, os alunos aprendem libras, a linguagem dos sinais, e do 6º ao 9º ano, a sua interpretação.

Atendimento domiciliar – Teresópolis também oferece o serviço de atendimento domiciliar as famílias, no caso de alunos com grande restrição de autonomia. O trabalho consiste na visita periódica de um profissional especializado, que desenvolve no próprio ambiente do lar as atividades de Educação Especial, e oferecendo ainda orientações sobre cuidados especiais e alimentação.

Transporte – Todas as Vans que transportam os alunos especiais contam com auxiliares para ajudar em caso de necessidade, como no caso dos alunos com grande restrição de autonomia.

Distribuição das Salas de Recursos Multifuncionais – As Salas de Recursos Multifuncionais são hoje em total de 19 no município e as escolas que as abrigam são chamadas “Escolas Polo”. Nestas salas só trabalham professores especializados em atendimento aos deficientes ou em fase final de especialização. As Escolas Pólo são estruturadas de forma a estender com facilidade os benefícios da multifuncionalidade às escolas vizinhas, permitindo que todos os alunos em situação de deficiência sejam atendidos em horários apropriados. Também é preciso que se diga que as atividades nas Salas de Recursos não comprometem o estudo regular, que é feito de forma inclusiva e no mesmo horário dos demais alunos da escola. Ainda dentro da proposta de inclusão, as matrículas são feitas sempre o mais perto possível das residências para facilitar o transporte. Para que o leitor possa consultar com mais facilidade a relação das Escolas Polo, solicitamos a DEE uma lista atualizada como segue:

E.M. Belkis, CEROM, E.M. Acliméia, Oscar Lobato, E.M. Sakurá, E.M. Lar de Isabel, E.M. Paulo Freire, E.M. Maria da Glória, E.M. Neide Angélica, E.M. Francisco Maria Dália, E.M. Estolino, E.M. Alcino, CENSF, E.M. Ginda Block, CEMEI Marília, E.M. Chiquinha Rolla, Maçon Lino Oronhã, E.M. Dorvalino e CIEP Fonte Santa.

Todos os dados aqui apresentados, evidentemente, estarão sendo modificados com o tempo, pois o trabalho que vem sendo desenvolvido na rede escolar de Teresópolis esta preso a critérios de aperfeiçoamento constantes, segundo palavras do Professor Leonardo Vasconcellos, atual Secretário de Educação, que nos disse também que a prefeitura esta disponibilizando o máximo de apoio ao setor.

IDEB - Para finalizar esse breve estudo, vale lembrar que o IDEB – Índice de Desenvolvimento Educacional do Brasil, medido em 2009, que é um dos pilares do Plano de Desenvolvimento da Educação Nacional segundo o MEC, colocou a Educação de Teresópolis (5,4) na frente de cidades como Friburgo (4,9), Petrópolis (4,6), Guapimirim (4,0), Campos dos Goytacazes (3,3), Araruama (4,3) e Rio de Janeiro (5,1).


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