domingo, 29 de abril de 2012

Equipe do Instituto de Criminalística (ICCE) não concluiu laudo porque nunca viu carrão como o de Thor

Mais de um mês depois da morte do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, atropelado na noite de 17 de março por Thor Batista na Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Xerém, em Duque de Caxias, ainda não está pronto o laudo da perícia sobre o acidente. Os peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) estão esperando informações da montadora Mercedes Benz que possam indicar a velocidade em que trafegava o carro do filho do bilionário Eike Batista, um Mercedes McLaren.
A dificuldade é justamente pela sofisticação do possante importado. Os especialistas do ICCE nunca analisaram um carro como o Mercedes McLaren de Thor, que é muito baixo, como um Fórmula 1. Por isso eles não têm conhecimento técnico suficiente para avaliar como o veículo se comporta e determinar a velocidade a partir do impacto da batida.
O que a perícia já conseguiu concluir é que Wanderson, que havia ingerido bebida alcoólica pouco antes do acidente, não estava no acostamento quando foi atropelado. Pela posição do carro e pelo local onde o corpo foi encontrado, os peritos atestaram que Thor trafegava na faixa da direita ou na faixa central da via.
A velocidade máxima permitida naquele trecho da rodovia é de 110 km/h. Embora a freada pudesse apontar a quanto vinha Thor, o carro dele tem sistema de freios ABS, que não deixa marcas no asfalto, inviabilizando a conclusão.
Essa resposta, contudo, poderá vir da montadora alemã. Os peritos querem saber se, pelo impacto do ciclista na lataria, é possível afirmar a quantos quilômetros por hora Thor dirigia.

Nenhum comentário :

Postar um comentário