segunda-feira, 30 de abril de 2012

Pesquisa revela que 80% das mulheres presas em Porto Alegre foram condenadas por tráfico de drogas

Jovem presa no Rio de janeiro por tráfico de drogas. Segundo a filosofia do
 tráfico, mulheres bonitas são tratadas com mais condescendência pelas pessoas.
Uma pesquisa realizada na Vara de Execuções Penais de Porto Alegre revelou que 80% das mulheres apenadas na cidade tinham sido condenadas por tráfico de drogas.
Todos na Promotoria, inclusive aqueles que trabalhavam ali há anos, pensavam que no fim das contas, o resultado do levantamento seria uma prevalência de crimes passionais. Ao final daquela demorada pesquisa, qual não foi a surpresa, quando ao se tabular os dados se descobriu que 80% das mulheres presas tinham se envolvido no crime de tráfico de drogas.
O pior: essa não é uma realidade apenas em Porto Alegre. Em todo o Brasil esse índice é alto e vem aumentando muito. 


Há duas facetas bem distintas de mulheres que traficam no país, há aquelas que usam essa forma de “comércio” para garantir o sustento da família, ou que foram aliciadas por seus companheiros, que hoje se encontram presos. Há as que são companheiras de presidiários que foram cooptados por facções que atuam nos presídios – como o Primeiro Comando da Capital – e que ameaçam sua família se suas ordens não forem cumpridas fora dos presídios. Todas essas mulheres são fruto de uma realidade social dura e desigual, a maioria vem de comunidades pobres.

O Tráfico, para que funcione, precisa ter suas necessidades atendidas e é aí que as mulheres desempenham seu trabalho, de maneira mais efetiva. Elas fazem a comida dos traficantes, cuidam dos feridos, emprestam suas moradias para esconderijos, e há aquelas que se prostituem nas boca de fumo. Mas o serviço das mulheres não pára por aí, de acordo com o livro “Falcão – Mulheres e o tráfico”, de Celso Athayde e MV Bill, as mulheres estão chegando a posições de chefia nas bocas de fumo e realizam, inclusive, trabalhos de execução de pessoas.
A outra face da entrada das mulheres nesse serviço, é a daquelas de classe média, muitas vezes com diploma na mão, mas que se encontram desempregadas. São, geralmente, moças de boa aparência e jovens, de classe média, que são aliciadas por traficantes para carregar as drogas do Brasil para e Europa. E chegam a ganhar cerca de R$ 15.000,00 por viagem. São as chamadas “mulas do tráfico”, que têm a beleza explorada pelos traficantes, pois eles afirmam que as mulheres mais bonitas são tratadas com maior condescedência na alfândega.


Seja como for, nas favelas ou nos condomínios de classe média, muitas mulheres estão sendo presas ou mesmo sendo mortas por policiais e traficantes. Deixando para trás os filhos órfãos. 

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