quarta-feira, 6 de junho de 2012

OPAS/OMS ressalta em cerimônia a resistência da indústria do tabaco e os custos sociais do tabagismo

 No dia 31 de maio, a OPAS/OMS (Organização Pan-americana de Saúde junto com a Organização Mundial de Saúde) se reuniu com o Ministério da Saúde, Sociedades e Associações Médicas, Organizações da Sociedade Civil e instituições ligadas à luta contra o tabaco para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco 2012. 

A solenidade foi marcada pela manifestação inequívoca de todas as instituições participantes contra as tentativas da indústria fumageira de minar a implementação das medidas da Convenção-Quadro para o Controle de Tabaco da Organização Mundial da Saúde – CQCT-OMS.

O Representante da OPAS/OMS no Brasil, Joaquín Molina, enfatizou as nefastas estratégias adotadas pela indústria do tabaco e a necessidade de posicionamento dos gestores de saúde para enfrentar a resistência daquele setor para impedir a implementação de políticas efetivas que visam a redução da prevalência do tabagismo no mundo.  

“Enquanto mais e mais países se movem no sentido de permitir o cumprimento pleno das suas obrigações em virtude da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, os esforços da indústria do tabaco em minar o tratado se tornam cada vez mais fortes”, declarou o Representante. “A indústria também aumenta a sua resistência em muitas outras frentes, como faz ao tentar minar a implementação de medidas que visam a proibição de fumar em ambientes públicos fechados e a restrição da publicidade, promoção e patrocínio dos produtos de tabaco”, ressaltou Molina.

Durante o evento, foram apresentados os resultados do estudo “Carga das doenças tabaco-relacionadas para o Brasil”, realizado pela Aliança de Controle do Tabagismo – ACTbr. O estudo estimou os custos diretos atribuíveis ao tabagismo, que correspondem aos custos da assistência médica prestada aos pacientes acometidos com doenças causadas pelo uso do tabaco, e revelou que mais de 80% dos casos de câncer de pulmão e de laringe são atribuíveis ao tabagismo. 

“Os custos diretos com tratamento de pacientes com doenças tabaco-relacionadas alcançam aproximadamente 21 bilhões de reais por ano, o que representa 30% do orçamento total do Fundo Nacional de Saúde” disse Paula Johns, Diretora Executiva da ACTbr, citando o estudo. Segundo a Diretora, o tabagismo está relacionado com a morte de 130 mil pessoas por ano no Brasil. 

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